domingo, 10 de dezembro de 2017

Vigésima alegoria

Sou apenas grão de areia
que ninguém pode encontrar
Pó que o vento desenfreia
como simples grão de areia
que projeta pelo ar.

Sou gota no mar imenso
que se revolve cansado
Mar de tudo quanto penso
neste meu sentir imenso
neste olhar sempre acordado.

Eu só quero ser poema
da voz que dorme no mundo
Para que nasça dilema
numa estrofe de poema
que acorde o homem no fundo.

Mas sou grão de pó sem nome
sou apenas gota de água
Migalha que aumenta a fome
grito, lágrima sem nome
de um triste choro de mágoa.

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