Era o fim dos anos setenta.
Éramos todos sonhadores, erguíamos os punhos com diferentes intenções por ideais valiosos e vários. E envergonhávamo-nos um pouco de assumir que ouvíamos esta música.
Não obstante, na «vulgaridade» do seu pseudo-sentimentalismo comercial, ela dizia um pouco dos nossos sonhos de harmonia e paz para o mundo, falava docemente dos valiosos e vários ideais amargos pelos quais erguíamos os punhos com diferentes intenções. Por isso, talvez por isso, a ouvíamos.
Era o final dos anos setenta, foi um pouco o final dos nossos sonhos, ou melhor, dos nossos ideais (será o mesmo?...). Hoje, já pouco erguemos os punhos... E por isso, talvez por isso, já pouco nos envergonhamos de dizer que ouvíamos esta música.
Ela aqui está. Conserva a «vulgaridade» do seu pseudo-sentimentalismo comercial. Para que nós acordemos os nossos sonhos. E voltemos a erguer os punhos com diferentes intenções por ideais valiosos e vários.
Feliz Ano Novo!
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