Teatro.
Observar e observar-se no conflito diário das
vontades entrechocadas, atravessar o tiroteio das paixões para que nunca se
está preparado. Apesar dos ensaios. E sofrer com isso.
Teatro.
Ter a coragem de deixar-se observar, para que o
público se veja a si mesmo. Sentir para dar a sentir o que se sente, comunicar
para absorver, partilhar para encher-se, esgotar-se numa doação que busca a
plenitude. E gostar disso.
Teatro.
A construção de uma realidade teatral, verdade
possível nas mentiras de que se é capaz. Não há exibição, apenas a confissão
humilde de quem vê a vida de outra forma. E sofre com isso. E gosta. Não de
sofrer, mas disso.
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