Desde sempre, o fascínio. Terror e piedade.
A tragédia grega em toda a sua riqueza de mitos e
valores, a vida contada em conquistas operadas por homens e destinos traçados
por deuses. A provocação humana às forças que a transcendem, caminho cego por
episódios de sinuosa escuridão. E a peripécia reveladora, o inevitável efeito.
A catástrofe. E, por meio dela, a consciência de si, a descoberta da virtude.
Terror e piedade. A catarse.
Desde sempre, o fascínio. E a interrogação, também.
A força avassaladora, a pura imortalidade deste modelo primordial do teatro
questionam todas as demais experiências históricas de dramaturgia onde, afinal,
ela permaneceu. Na estrutura, na forma ou no tema. Terror e piedade. A catarse.
Desde sempre, o fascínio. E a interrogação, também.
E o desafio, depois. A vontade de limpar a escrita teatral para chegar à
essência de onde ela nasceu: a vida contada em conquistas operadas por homens e
destinos traçados por deuses. Ainda que, no tema, a mitologia clássica, ventre
que gerou a cultura europeia que (ainda) falamos, possa dar lugar à teologia
judaico-cristã, tutora que a educou e que (ainda) a influencia. Terror e
piedade. A catarse?
Desde sempre, o fascínio. E a interrogação, também.
E o desafio, depois. E a tentativa, agora: O
Poder e o Desejo. Um exercício trágico. Terror e piedade.
E a catarse?...
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