A
mão diz a música, o gesto desenha a mão, a inspiração fecunda o gesto. No
movimento habitado dele há um requebro de Vida, um contorno de Eternidade.
E
os olhares fitos, desfocados de si mesmos, concentrados nela. Apagados de tudo,
entregues ao brilho gritado numa elegância de dedos. Como seres inanimados na
própria existência alheada, animados numa Transcendência alheia apropriada.
A
mão diz a música, o gesto desenha a mão, a inspiração fecunda o gesto. No
movimento habitado dele há um requebro de Vida, um contorno de Eternidade. Tudo
o que nos ilumina de fora brota, enfim, de uma luz interior.
Fotografia de Carlos Alberto
Cavaco.
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