Estou aqui.
Há quanto tempo dura a expetativa do encontro?
Diante de mim, uma planície de brancura:
Paz, pureza, soma de tudo.
Impaciência, porque vais aparecer.
O desejo de te ver. A pressa.
E o medo.
O nó na garganta. O garrote dourado.
O medo.
Olho através dele como de grades,
Escorro nas lágrimas uma ansiedade incontida.
O desejo de te ver na pressa de um momento que não
quero,
Porque é o princípio do fim.
Calam-se todas as vozes,
Esvazia-se o espaço, desagrega-se o tempo,
Um súbito nada envolve tudo.
E fico só.
Luz.
Luz.
Luz.
Lá estás tu.
Vês-me sem me olhares, no sorriso das tuas mãos
atadas.
Abraço-te sem fazer gestos, no sorriso do meu
olhar desatado.
A partir de agora, vou viver em ti.
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